segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ENTREVISTA ARPA-MN II

ENTREVISTA ARPA-MN

Entrevistado: Magton Geraldo Camargos Souza

Presidente da ARPA - MN
(2005-2009)


          1)      Como funciona o trabalho da ARPA?

           Todo o trabalho da ARPA é direcionado pelo seu estatuto e regimento interno da Associação. Todas as questões relacionadas à denominação, duração, objetivos, patrimônio, órgãos sociais e suas competências, bem como fiscalização e contabilidade são tratadas nestes textos deliberativos que foram previamente aprovados pela Assembléia Geral da Associação, órgão máximo da ARPA-MN, formado por todos os associados.
                        A Diretoria é formada por 06 membros, sendo que os assuntos rotineiros e as deliberações previstas no estatuto são tomadas mensalmente em reunião deste órgão social, que traça as próximas metas e providências que a associação deverá tomar para atingir seus objetivos.

2)      Quais são os objetivos a serem alcançados pela ARPA-MN?

            O art. 4º do Estatuto da ARPA-MN prevê os objetivos a serem alcançados pela ARPA-MN, vejamos:

Art. 4º - São objetivos da Associação:
a) Apoiar a Polícia Militar do Meio Ambiente com atuação nas cidades de Minas Novas, Berilo, Chapada do Norte, Francisco Badaró e Jenipapo de Minas, dentro das condições possíveis e com a logística necessária e suficiente para o cumprimento de suas atividades relacionadas à proteção do meio ambiente em todas as suas formas;
            b) Lutar contra todos os atos de degradação relativos ao meio ambiente;
            c) Desenvolver trabalhos de proteção e recuperação de ambientes degradados e ameaçados, de educação ambiental, prestação de serviços de natureza ambiental e pesquisa científica, promoção de palestras, debates e cursos de capacitação para seus membros e comunidades envolvidas em situações de agressão ao meio ambiente.

3) Como você compara o meio ambiente de hoje e de antigamente em Minas Novas e região?

   Em pouco tempo, muita coisa mudou em relação ao meio ambiente da nossa cidade e região, principalmente no que diz respeito às nossas águas. Reflexos da monocultura de eucalipto e de café, do lançamento do esgoto “in natura”, da disposição inadequada do lixo urbano, do desmatamento das nascentes e das matas ciliares e de topo, uso indiscriminado de agrotóxicos, garimpo/extração de areia e cascalho, assoreamento dos cursos dágua e os desmatamentos e queimadas irregulares ocasionaram, por exclusiva culpa do homem, a redução da quantidade e da qualidade das nossas águas, o que indiscutivelmente se reflete na destruição da fauna e da flora de nossa região. A situação, por todos os motivos elencados, é caótica, muito diferente da exuberante natureza que brindava nossa cidade há poucos anos atrás.

3)      Quais os projetos desenvolvidos pela ARPA. Eles foram realizados. E qual o projeto realizado pela ARPA que mais marcou?

            A ARPA – MN foi criada no dia 27 de julho de 2005, após intensa movimentação de um grupo de jovens minasnovenses preocupados com a questão ambiental, denominado Juventude Participativa. Após adesão popular à causa e representação do mencionado grupo ao Ministério Público, na pessoa do então Promotor de Justiça Dr. Fernando Muniz, como forma de participação popular nas decisões ambientalistas locais, foi proposto pelo parquet a criação de uma entidade social, sem fins lucrativos, que atuasse na luta contra todos os atos de degradação relativos ao Meio Ambiente, o que foi de pronto atendido pela sociedade minasnovense, que compareceu em massa na reunião de instalação da instituição.
Atualmente contando com mais de 90 associados devidamente cadastrados e inúmeros simpatizantes, que infelizmente ainda não formalizaram sua situação, a associação conta com o apoio efetivo do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (Comarca de Minas Novas) e da Polícia Militar Ambiental local no desenvolvimento de suas atividades. Encontra-se devidamente registrada no Cadastro Nacional de pessoas jurídicas e foi recentemente reconhecida como “Associação de Utilidade Pública Municipal” pela Lei Municipal nº 1.620 de 27 de junho de 2008, sendo que os projetos de utilidade pública estadual e federal se encontram em tramitação.
A ARPA – MN iniciou suas atividades dando suporte técnico à Polícia Ambiental, mas aos poucos vem ampliando suas atividades ao que prevê o seu Estatuto. Realizou a 1ª Semana Ambiental e de conscientização da criança e adolescente em janeiro de 2006; adquiriu dois computadores que foram cedidos ao IEF e à Polícia Ambiental para o desenvolvimento satisfatório de suas funções em agosto de 2006; promoveu o repovoamento de peixes existentes na Micro-bacia do Rio Fanado em junho de 2007; solicitou providências dos gestores ambientais municipais acerca da situação do lago da represa da Barragem das Almas em novembro de 2007; participou de vários procedimentos requisitados pelo Ministério Público no Município de Minas Novas, como verificação de cumprimento de termos de ajustamento de condutas e análise da situação do depósito de lixo municipal; encaminhou comunicação a mais de 40 órgãos e entidades públicas municipais, estaduais e federais sobre a situação atual do meio ambiente local em agosto de 2008, o que culminou até o momento com a instauração do procedimento preparatório nº 0418.08.000002-3 na Promotoria de Justiça da Comarca de Minas Novas; participou da manifestação em defesa do Rio Fanado realizada no dia 07 de novembro de 2008, organizada em parceria com a AMPLIAR, ASCOPI, Associação Comercial, Câmara dos Vereadores, Campo Vale, CODEMA e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, sendo o documento idealizado encaminhado às autoridades competentes; contratação de um engenheiro agrônomo para implementação de projetos desenvolvidos pela instituição; apoio técnico aos projetos de cercamentos de nascentes desenvolvidos na região; realização de Audiência Pública no dia 19 de janeiro de 2009, que culminou com o lançamento de uma Frente Multi organizacional em defesa do Rio Fanado, no intuito de desenvolver atividades concretas de recuperação das áreas degradadas ao longo do Rio (que percorre os Municípios de Angelândia, Capelinha, Turmalina e Minas Novas - todos devidamente representados na audiência, bem como as diversas entidades presentes em cada Município); atualmente desenvolve em parceria com o PROCITTÀ o Projeto “Fanado Vivo”, que pretende continuar o que fora discutido na Audiência Pública do dia 19 de janeiro de 2009 e na Reunião Extraordinária da Comissão do Meio Ambiente da ALMG do dia 05/05/2009, com a captação de recursos junto aos órgãos públicos competentes e empresas privadas que desenvolvam projetos ambientais, para o cercamento de nascentes e recuperação de mata ciliar do Rio Fanado; dentre outras atividades ordinárias e corriqueiras da associação.

4)      Quando um projeto fica a desejar, como vocês fazem para que seja efetivado? Qual o método usado?

             Nestes casos, não existe uma resposta pré-definida. O que se tem é que, quando da elaboração de qualquer projeto, as deliberações e os métodos a serem utilizados são definidos pela Diretoria. Assim, os próximos passos para a busca do sucesso de qualquer atividade da ARPA é responsabilidade deste órgão, tendo em vista o caso concreto. No mais, esperamos o apoio dos demais setores sociais, como escolas, jovens, empresas privadas e órgãos públicos para compartilharem da responsabilidade ambiental necessária à efetivação dos projetos desenvolvidos pela ARPA.

5) Qual a mensagem que você deixa para a população de Minas Novas?

                A Agenda 21 Global, desenvolvida durante o Encontro “Rio 92”, despertou a população mundial para a situação ambiental insustentável em que vivemos. Medidas foram apontadas, acordos foram firmados, normas foram promulgadas, metas foram traçadas, em busca de uma condição mais favorável de vida no Planeta Terra. O consumo desenfreado, a população mundial crescente, o abuso no uso da água, do solo, das florestas, tudo foi colocado em pauta e levado em consideração, para a edição da Declaração Mundial em Defesa do Meio Ambiente, advinda do mencionado encontro.
                 Desejos a serem enfrentados são diversos, como bem demonstrados nas disposições da Agenda 21 Global. Mas vejo como única saída para a mitigação dos problemas ecológicos que enfrentamos, a adoção irrestrita da responsabilidade ambiental e do desenvolvimento sustentável como norteadores de todos os setores sociais, inclusive dos cidadãos, considerados individualmente. O cidadão que da água se utiliza para sua sobrevivência, as empresas que se utilizam da água para desenvolverem suas atividades econômicas e o Poder Público, que é a personificação jurídica da comunidade, devem pautar com firmeza suas políticas ambientais, evitando os desejos e os desmandos dos egoístas, que agem em detrimento do bem comum.
              A mensagem final para a população de Minas Novas então é a seguinte: Desenvolvam sua consciência cidadã em prol do bem comum e das políticas sociais. Não deixem que a política eleitoral, que é o meio, afete a união de uma cidade em busca dos seus objetivos e necessidades. A política social, o bem comum, é o fim de toda a ação humana.


MUTIRÃO DE RESTAURAÇÃO DO TREVO DE MINAS NOVAS

            ARPA-MN
                         Associação de Recuperação e Proteção Ambiental de Minas Novas – MG
          CNPJ nº 07.557.733/0001-70


Ofício S/N
Assunto: Solicitação (faz)
Ao Supervisor da UL Montes Claros– DNIT
                                   
                                    Ilustre Supervisor,

                                   Cumprimentando-o cordialmente, venho através deste, solicitar à V. Sra. autorização para revitalização do trevo de entrada da cidade de Minas Novas, que consistirá nas seguintes medidas:
1)      Aspecto paisagístico (plantação de vegetação ornamental rasteira e símbolo ilustrativo da cidade). Neste ponto, a revitalização se dará sem prejuízo à visibilidade dos condutores de veículos e sem interferência no projeto estrutural da rodovia. O material a ser utilizado neste ponto será providenciado pela ARPA-MN, Prefeitura de Minas Novas e demais colaboradores.
2)      Aspecto de segurança do trânsito (instalação de tachas refletivas, conhecidas como “olhos de gato”, no entorno dos canteiros que formam o trevo e na pista de forma vertical, criando uma lombada de alerta, na entrada e saída do trevo e colocação de placas de trânsito alertando acerca da periculosidade do trecho). Tal medida se faz necessária pelos inúmeros acidentes ocorridos no trevo de Minas Novas, no decorrer dos anos, inclusive com acidentes fatais. Aguardamos deliberações acerca do material e da viabilidade desta demanda. Entendemos que as providências, neste ponto, subordinam-se ao parecer do DNIT, sendo que em caso de necessidade (acaso não seja fornecido pelo próprio DNIT) será adquirido pelo solicitante, na forma e meio estabelecido pelo DNIT e após vistoria e recomendações do engenheiro responsável.

                                  Certo do atendimento da solicitação, aproveito a oportunidade para renovar meus protestos de estima e consideração, colocando-me sempre à inteira disposição de V. Sra.
Minas Novas, 15 de abril de 2011.

                                        
DANIEL COSTA SOUSA
Presidente da ARPA- MN
(Celular: 33 – 91163088)



























Agradecimentos especiais à José Henrique (Prefeito), Dra. Claudiane (Di) e Taquinho todos da Prefeitura Municipal de Minas Novas.
À Zezinha Guedes, Cida Mota e demais professoras e alunos da E.E. Dr. Agostinho.
À Luci, arquiteta colaboradora do projeto.
A UNIÃO FAZ A FORÇA!
MINAS NOVAS MERECE!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO FANADO

Quando se fala em meio ambiente, sobretudo no que se refere à água, trabalhamos sempre com o conceito de bacia hidrográfica. Isto se dá em virtude da necessidade de se trabalhar de forma conjunta em todo o território pelo qual passa um determinado rio. Se não for assim, teremos resultados frustrados. A bacia do Rio Fanado é formada pelos MunicípioS de Angelândia, Capelinha, Minas Novas e Turmalina.
A bacia do rio Fanado foi dividida em oito grupos de microbacias, segundo semelhanças de elementos do quadro físico (clima, geologia, relevo, solos e vegetação) e dos aspectos socioeconômicos nelas encontrados. Os oito grupos de microbacias identificados estão abaixo relacionados:
  • 1º Grupo: Microbacia das Nascentes do Rio Fanado;
  • 2º Grupo: Microbacia do Alto Curso do Rio Fanado;
  • 3º Grupo: Microbacia do Córrego Fanadinho;
  • 4º Grupo: Microbacia do Ribeirão Fanadinho;
  • 5º Grupo: Microbacia do Médio Curso do Rio Fanado;
  • 6º Grupo: Microbacia do Ribeirão Bom Sucesso;
  • 7º Grupo: Microbacia do Ribeirão Buriti;
  • 8º Grupo: Microbacia do Baixo Curso do Rio Fanado.




RIO FANADO: Educação ambiental e comunicação social

A educação ambiental é um dos grandes objetivos Agenda 21. Seu objetivo é:
“desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhes  são associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos” (citado em MARCATTO, 2002: 14)
A educação ambiental na bacia do rio Fanado não é uma atividade contínua, abrangente e articulada. São desenvolvidas ações pontuais e episódicas, abrangendo diferentes públicos, como escolas, empresas produtores rurais grandes, médios e pequenos e adultos, mas, em geral, em torno de processos específicos.
Questões como a falta de investimentos públicos, de apoio político e de sensibilidade para a questão contribuem para a limitação do escopo das ações de educação e comunicação social orientadas para o meio ambiente.
Existem, na bacia, pontos positivos que podem possibilitar uma mudança desse quadro, como a atuação articulada das secretarias de educação, de entidades não-governamentais atuantes na região, dos meios de comunicação, como as rádios locais, os quais poderiam estar juntos num projeto que abrangesse não só um município, mas toda a bacia do rio Fanado.
Ao longo da construção da Agenda 21 da Bacia do Rio Fanado, diversas iniciativas, especialmente a I Feira de Ciências e Cultura da Bacia do Rio Fanado, provaram que é possível desenvolver um trabalho conjunto na região, especialmente em torno do setor de educação, com a participação das Escolas Estaduais e das Secretarias Municipais de Educação.
Os temas estraturantes abaixo delineados são os principais que devem ser desenvolvidos pelas comunidades como forma de desenvolver práticas concretas em favor do meio ambiente.
TEMA ESTRUTURANTE 1: GERAL
Saneamento socioambiental
Problemas:
Possibilidades
  • Falta de gestão local da questão socioambiental.
  • Desarticulação interinstitucional.
  • Abordagem interdisciplinar deficiente no tratamento da questão socioambiental: saúde, saneamento, educação e gestão ambiental.
  • Redução da quantidade e da qualidade da água utilizada no abastecimento das cidades.
  • Ausência ou deficiência dos sistemas de esgotamento sanitário das cidades da bacia do rio Fanado;
  • Falta de sistemas adequados de esgoto na zona rural.
  • Lançamento de esgotos “in natura” no rio Fanado e outros cursos d’água.
  • Rede pluvial, quando existente, recebe “contribuição” de esgoto.
  • Tratamento e disposição inadequados do lixo.
  • Degradação ambiental: práticas insustentáveis.
  • Questões políticas e descontinuidade administrativa.
  • Falta de educação, de informação e de conhecimento sobre a questão.
  • Falta de consciência ambiental.
  • Participação e desenvolvimento de projetos voltados para a questão socioambiental por parte de algumas ONG, como a APLAMT (projeto de monitoramento da qualidade das águas, entre outros), sobretudo na zona rural.
  • COPASA e Prefeitura Municipal de Capelinha assinam novo contrato de concessão do serviço de água e esgoto, abrangendo a recuperação do Areão e o tratamento do esgoto da área urbana de Capelinha.
  • Atividades de recuperação do manancial de abastecimento de Capelinha: SIPAM – Sistema Integrado de Proteção dos Mananciais.
  • Interesse da COPASA em revisar os contratos de concessão do abastecimento de água, agregando a questão do tratamento do esgoto das áreas urbanas.
  • Existência de diversos projetos voltadas para cercamento de nascentes, recuperação de mata ciliar e outros (inclusive com viveiros).
  • Existência de muitas nascentes, sobretudo no município de Angelândia.
  • Interesse das comunidades e das escolas de abordar a questão ambiental.
  • O projeto da Agenda 21.


TEMA ESTRUTURANTE 2: GERAL
Gestão ambiental (ênfase no fortalecimento institucional)
Problemas:
Possibilidades:
  • Diminuição da vazão de mananciais da bacia.
  • Desmatamento – Nascentes, matas ciliares e de topo.
  • Reflorestamento nas áreas de recarga.
  • Bombeamento das águas – irrigação de lavouras e abastecimentos.
  • Interferência política.
  • Corrupção.
  • Descumprimento das legislações.
  • Falta de conscientização do poder público no repasse dos recursos (ICMS ecológico).
  • Falta de recursos (liberação).
  • Sucateamento dos órgãos fiscalizadores.
  • Pequenas propriedades que não trazem sustentabilidade às famílias.
  • Muita burocracia no atendimento dos projetos.
  • Falta de fiscalização dos recursos.
  • Uso indevido dos recursos.
  • Construção de vias sem levar em conta os danos.
  • Razões financeiras sobre as razões sociais e ambientais.
  • Falta de recursos financeiros e humanos nas questões ambientais. Ex.: Lixo.
  • Lixo – problemas na área urbana e rural.
  • Má qualidade da água.
  • Lançamento de esgotos domésticos.
  • Lixo.
  • Uso indiscriminado de agrotóxicos.
  • Garimpo/extração de areia e cascalho.
  • Falta saneamento urbano e rural.
  • Assoreamento dos cursos d`água.
  • Falta de conservação e preparo do solo.
  • Locação inadequada de estradas e saída de água das mesmas.
  • Garimpo.
  • Desmatamento/queimadas.
  • Educação ambiental.
  • Burocracia e falta de políticas públicas (municipal, estadual e federal).
  • Amigos da escola.
  • Iniciativa a partir das comunidades.
  • PROSAV – CAV – EMATER. CÁRITAS. (M. Sem Fome) 0 Comunidade.
  • CODEMA (reestruturação e capacitação).
  • Vontade de mudanças.
  • Proteção de algumas nascentes.
  • Conscientização.
  • Parcerias.
  • Fortalecimento constante do capital social.
  • ICMS ecológico.
  • Equipe multidisciplinar.
  • Preocupação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
  • Material humano compromissado (equipe técnica, governo, sociedade, usuários do Bocui).
  • Legislação ambiental.
  • Malha hidrográfica abundante.
  • Biodiversidade.
  • O retorno das embalagens dos defensivos ao local de origem.
  • Boa vontade para negociações e busca de solução.
  • Agenda 21.
  • Ações do legislativo: preocupação com o meio ambiente. Ex.: proteção das nascentes.

TEMA ESTRUTURANTE 3: MINAS NOVAS
Agricultura familiar e acesso à terra
Problemas:
Possibilidades:
  • Falta credibilidade dos produtos locais.
  • Divulgação e capacitação.
  • Fim da burocracia – crédito, assistência técnica, comercialização.
  • Desorganização das associações comunitárias.
  • Apoio insuficiente no ciclo reprodutivo.
  • Financiamento burocrático sem proteção ao pequeno produtor.
  • Falta orientação de técnicos especialistas em o que plantar e como plantar nas regiões diversas.
  • Dificuldades de acesso ao crédito.
  • Mudanças constantes nas políticas públicas para o setor.
  • Condição climática adversa.
  • Capacidade de criação de gado limitada.
  • Assistência técnica adequada e permanente (falta).
  • Migração para o corte de cana.
  • Apoio insuficiente.
  • Capacidade de mobilização do STR.
  • Feiras livres para comercialização.
  • Geração de renda para o agricultor.
  • Agricultura familiar é uma área onde a família trabalha e colhe sua produção, sem empregados.
  • As pessoas trabalham junto ao grupo para realizar os problemas.
  • Atividade agropecuária exercida por pequenos produtores.
  • Importante para o desenvolvimento.
  • Única renda para ficar em sua terra.
  • Sobrevivência.
  • Protege área e nascente e evita lixo e fogo.


TEMA ESTRUTURANTE 4: ANGELÂNDIA
O desafio da sustentabilidade da monocultura
Problemas:
Possibilidades
  • Competição desigual.
  • Poluição.
  • Erosão.
  • Automação.
  • Destruição da flora e fauna de uma região, ou seja, a biodiversidade de ma região.
  • Assoreamento dos rios e suas áreas com o cultivo de um só produto, ou seja, a monocultura.
  • Enfraquecimento do solo.
  • Desmatamento: usa para plantio do eucalipto e com isso as áreas próximas às nascentes ficam cada vez mais desprotegidas.
  • Desmatamento.
  • Associações.
  • EMATER.
  • Prefeitura – início das atividades da Secretaria de Agricultura.
  • Jornal (TV).
  • Terra produtiva.
  • Indústria.
  • Progresso.


TEMA ESTRUTURANTE 5: TURMALINA
Educação ambiental e comunicação social
Problemas
Possibilidades
  • Falta de iniciativa de alguns órgãos ou entidades que tem poder de mobilização (escolas, rádios, órgãos governamentais).
  • Rivalidade política.
  • Falta de conhecimento da importância e necessidade de implantação de uma educação ambiental.
  • Percebe-se um interesse maior por parte de “forasteiros”. Nos municípios são poucas as pessoas que se interessam pelo assunto.
  • As pessoas que se interessam pela educação ambiental esbarram na falta de verba pra “partir para ação”, na falta de interesse do poder público.
  • Falta de incentivo para as pessoas que residem na zona rural.
  • Falta de mobilização da comunidade para trabalhar em prol do meio ambiente.
  • Falta de divulgação da educação ambiental nos veículos de comunicação.
  • Ações de entidades não governamentais como CAV, APLAMT e Sindicato.
  • Disponibilidade para formar parcerias
  • Existem ações de ONG que atuam na área de educação ambiental na região.
  • Atuação das secretarias de meio ambiente.
  • Trabalho realizado nas escolas.
  • Grupos de teatro e associações com habilidade de usar a “arte” para mobilizar.
  • Criação do Departamento de meio ambiente.
  • Visitas domiciliares.
  • Formação de hábitos que reeduquem ou redirecionem nossa forma de perceber a relação homem X ambiente.
  • A conscientização e interesses bons, formação de grupos, nos quais lutam por um só objetivo: preservar o ambiente.
  • Sensibilização de todos em prol do meio ambiente e cada um faz o seu papel de cidadão.
  • A base da educação ambiental é a escola, mas é importante que se faça esta idéia ser difundida através dos meios de comunicação de massa.
  • Não destruir o meio ambiente.


domingo, 23 de outubro de 2011

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL




Os problemas que afetam a humanidade e o planeta atravessam fronteiras e tornam-se globais com o processo de globalização que se acelera neste final de século XX. Questões como produção, comércio, capital financeiro, migrações, pobreza, danos ambientais, desemprego, informatização, telecomunicações, enfim, as grandes questões econômicas, sociais, ecológicas e políticas deixaram de ser apenas nacionais, tornaram-se transnacionais. É nesse contexto que nasce hoje o conceito de cidadão do mundo, de cidadania planetária, que vem sendo construída pela sociedade civil de todos os países, em contraposição ao poder político do Estado e ao poder econômico do mercado.

PENSAR GLOBALMENTE, AGIR LOCALMENTE. UMA QUESTÃO DE CIDADANIA!

ATO SIMBÓLICO ARPA-MN - Festa de Nossa Senhora do Rosário 2011

REFLEXÃO SOBRE O MEIO AMBIENTE
(Mensagem oferecida pela ARPA/MN – Associação de Recuperação e Proteção Ambiental de Minas Novas em defesa do Rio Fanado).
O dia 23 de junho é um dia especial para a comunidade minasnovense, posto que agrega a nossa devoção maior ao nosso mais importante recurso natural, o que resulta na “Busca da Nossa Senhora do Rosário no Rio Fanado”.
Neste dia tão importante para todos nós, e tendo em vista o tema da Campanha da Fraternidade 2011: “Fraternidade e a vida no planeta”, faz-se necessário que agradeçamos a Deus por toda a Criação e que façamos uma reflexão sobre como estamos defendendo a vida do nosso Planeta.
Propomos um dia de meditação e de avaliação do que estamos fazendo para melhorar o ecossistema, principalmente os recursos naturais que estão à nossa volta.
É necessário que nos curvemos, diante dos erros e falhas cometidas, ao nosso descaso com o meio ambiente e busquemos mitigar as conseqüências dos danos cometidos pela ganância e egoísmo humano.
A sociedade moderna sempre procurou inventar e aperfeiçoar instrumentos e atividades para melhorar sua condição de vida. Empenhamo-nos, cada vez mais por uma vida fantástica, mas nos esquecemos da fantástica vida da natureza.
Qualquer atividade depende dos recursos naturais, que são finitos. Estão aí os inúmeros desastres ambientais, o aumento da lista de espécies de animais em extinção, a concentração e o crescimento da população nas grandes cidades.
A água contaminada e a poluição causam doenças que matam de 5 a 6 milhões de pessoas todo ano. Mais de 90 mil quilômetros quadrados de florestas foram derrubadas anualmente na década de 90, remanescendo apenas um terço do total das matas nativas na Terra.
Aqui na nossa cidade, a perda, considerada “certa”, de mais um dos nossos Rios (o Fanado) é anunciada, e os setores sociais insistem em se manterem inertes, esperando que a situação se torne irreversível. A nossa vida, com certeza, se tornará mais difícil sem a água em abundância que o Fanado nos oferece.
De outro lado, muitos avanços têm sido alcançados. Parte da população se mobiliza em defesa do meio ambiente. A conscientização ambiental evolui e o Poder Público, em alguns casos, esforça-se em formular e aplicar políticas ambientais corretas. Todavia, o processo de degradação é muito mais acelerado que o de proteção.
Até quando suportaremos? Nossa consciência ecológica como está? Temos conversado com os nossos filhos sobre o tema? Temos estimulado o debate sobre o assunto nas empresas e nas igrejas? E os meios de comunicação têm levado a sério a questão? Enfim, estamos cuidando do nosso ambiente para promover justiça e qualidade de vida para as presentes e futuras gerações?
É necessário buscarmos novos paradigmas para atingirmos o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade ambiental esperada de todos os setores sociais. A nossa luta deve ser não para sobreviver, mas para viver dignamente neste planeta.
Quando paramos para ver tudo isso, chegamos a ficar desanimados com o poder destrutivo que o ser humano possui. Mas vale lembrar que nem tudo está perdido, pois existe também uma parcela de nossa sociedade que está preocupada em contribuir positivamente para evitar que todos esses danos se agravem ainda mais. Os cidadãos estão mais conscientes sobre a necessidade do engajamento na construção de cenários sociais e ambientais mais favoráveis.
Por mais pessimista que sejam as estatísticas e as opiniões, não podemos desistir nunca. Não podemos cruzar os braços, pois juntos podemos fazer a diferença. Trabalhando unidos podemos fazer a diferença. Construir um mundo melhor!!!
AS PRESENTES GERAÇÕES LOUVAM...
Ó Deus, nós te damos graças por este universo, nosso lar; pela sua vastidão e riqueza, pela exuberância da vida que o enche e da qual somos parte. Nós te louvamos pelo céu celeste e pelos ventos, grávidos de bênçãos, pelas nuvens que navegam e as constelações, lá no alto. Nós te louvamos pelos oceanos, pelas correntes frescas, pelas montanhas que não se acabam, pelas árvores, pelo capim sob os nossos pés. Nós te louvamos pelos nossos sentidos: poder ver o esplendor da manhã, ouvir as canções dos namorados, sentir o hálito bom das flores da primavera. Dá-nos, rogamos-te, um coração aberto a toda esta alegria e a toda esta beleza, e livra as nossas almas da cegueira que vem da preocupação com as coisas da vida e das sombras das paixões, a ponto de passar sem ver e sem ouvir até mesmo quando a sarça, ao lado do caminho, se incendeia com a glória de Deus. Alarga em nós o senso de comunhão com todas as coisas vivas, nossas irmãs, a quem deste esta terra por lar, juntamente conosco. Lembramo-nos, com vergonha, de que no passado aproveitamos do nosso maior domínio e dele fizemos uso com crueldade sem limites, tanto assim que a voz da terra, que deveria ter subido a ti numa canção, tornou-se um gemido de dor. Que aprendamos que as coisas vivas não vivem só para nós; que elas vivem para si mesmas e para ti, que elas amam a doçura da vida tanto quanto nós, e te servem, no seu lugar, melhor que nós no nosso. Quando chegar o nosso fim, e não mais pudermos fazer uso deste mundo, e tivermos de dar nosso lugar a outros, que não deixemos coisa alguma destruída pela nossa ambição ou deformada ela nossa ignorância. Mas que passemos adiante nossa herança comum mais bela e mais doce, sem que lhe tenha sido tirado nada da sua fertilidade e alegria, e assim nossos corpos possam retornar em paz para o ventre da grande mãe que os nutriu e os nossos espíritos possam gozar da vida perfeita em ti.
AS FUTURAS GERAÇÕES CLAMAM...
Meu Deus,
Perdoe-nos por todos os males que nós, humanos, estamos cometendo com a natureza, principalmente poluindo rios, mares, oceanos, açudes, lagos, riachos, as águas de um modo geral. Por estarmos destruindo matas, florestas, matando os animais selvagens, silvestres, poluindo o ar, a atmosfera, desequilibrando a ecologia, destruindo a camada de ozônio, por estarmos destruindo a natureza como um todo...
Perdoe-nos por tudo isso, meu Deus, e nos ajude a conscientizarmos e agirmos no sentido de preservarmos o que ainda temos, o que ainda resta da natureza, e procurarmos recuperar o que ainda pode e deve ser recuperado.
Perdoe-nos, meu Deus, e abençõe-nos todos, para que sejamos pessoas melhores e tenhamos consciência de nossas responsabilidades em relação a tudo que nos cerca, como também em relação a nós mesmos.
Muito obrigado,
Amém.
Se todo mundo fizer um pouquinho, podemos contribuir um montão para o mundo! Aliás, o que fazemos de prejudicial aqui onde vivemos refletirá no planeta, na camada de ozônio. Os rios, riachos, lagoas e açudes merecem uma atenção toda especial. O Rio Fanado, maior guerreiro da nossa cidade, não consegue encarar esta batalha sozinho. Precisa de aliados.
A situação do Rio Fanado é caótica. Convivemos passivamente com a constatação de uma realidade cada vez mais freqüente em nossa região, a seca. Muitos dos córregos que contribuem (ou contribuíam) para a formação do Fanado aos poucos se findam, e necessário se faz que as autoridades, empreendedores e populações ribeirinhas se conscientizem da importância dos mesmos para que o Fanado continue a correr.
Cada cidadão, família, entidade, bairro, comunidade, aluno, professor, entidade social, meios de comunicação, empresas, órgão público, deve somar forças na luta por um meio ambiente saudável. Na luta pela preservação do Rio Fanado. É através da educação e da informação que o povo adquire condições de participar efetivamente da sociedade de modo consciente, crítico e criativo.
A solução somente será eficaz, caso haja a participação conjunta das instituições. O meio ambiente não pode ser preservado sem a consciência dos que dele se utilizam. Todos devem participar, e mais, devem defender a natureza daqueles que não tem consciência de que o encargo é de todos e que a questão é de interesse geral. De nada adiantaria plantar mil árvores ao longo do Rio Fanado, se logo depois alguma pessoa inconsciente passasse recolhendo as mudas plantadas. A consciência ambiental é uma questão de respeito e de solidariedade entre gerações, sendo que, com certeza, a união é de primordial importância.
Faz-se extremamente necessário e urgente, que todos os beneficiados pelas águas hoje minguadas, por isto, cada dia mais importantes à nossa região, formem um movimento de proteção ao Rio Fanado, dádiva de Deus numa região que tem como saga a escassez de águas, nos insurgindo contra todos os riscos efetivos decorrentes da utilização indevida do nosso mais precioso bem natural.
Quando cometemos erros, devemos refletir sobre eles e tentar consertá-los. O caminho em direção ao bem não é fácil, mas, quando conquistado, torna-se uma enorme gratificação para o ser humano. Cem gramas de prática geralmente valem mais do que uma tonelada de teoria.
Que possamos, neste dia tão especial para Minas Novas, fazer uma reflexão sobre a nossa responsabilidade, pautando quais as contribuições efetivas que estamos dando para que as gerações futuras possam desfrutar de tantas belezas e, sobretudo, de um planeta em condições mínimas de se viver. Quais as contribuições concretas que oferecemos ao Rio Fanado.
O maior desafio está na tomada de consciência de que não somos os donos do Planeta nem temos o poder de usurpá-lo desmesuradamente, causando conseqüências irreversíveis para a geração vigente e também para as futuras gerações. Tudo será melhor quando cada pessoa começar a fazer o mapa da sua própria retrospectiva ecológica.
A criação geme em dores de parto. Somente o comportamento ativo de cada cidadão pode transformar o problema em solução. Fraternidade é a palavra chave para a preservação da vida no planeta. Ação é a atitude esperada de todos nós.


Agradecimentos especiais ao Café Jequitinhonha (Capelinha - MG - Primeira foto: Cida/Relações Públicas do Café Jequitinhonha).

































MINAS NOVAS/MG
BERÇO DO VALE DO JEQUITINHONHA
283 ANOS DE HISTÓRIA, TRADIÇÃO E CULTURA.

A Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas completou 200 anos e conta com dezenas de manifestações culturais e artísticas.  A fé da população é marcada durante os rituais católicos preservados desde o tempo dos escravos. Diferentemente de outras cidades e localidades que mantêm a tradição da Festa do  Rosário, Minas Novas celebra a sua no mês de junho, mais precisamente nos dias 23, 24 e 25, em coincidência com a data da festa de São João.
Além do reinado, cujo cortejo é uma atração à parte, a festa em Minas Novas apresenta  duas características que a distinguem das outras: a busca da imagem no rio Fanado, que banha a cidade, e o traslado do cofre, no qual se depositam as contribuições anuais dos irmãos e irmãs do Rosário.
A primeira solenidade dos três dias finais da festa é o traslado da imagem de Nossa Senhora do Rosário. Atrás dos reis do Rosário toda a comunidade se dirige ao Rio Fanado. A comitiva da festa, acompanhado dos grupos folclóricos ligados às tradições da festa, atravessa o rio em busca da imagem que se encontra do outro lado numa pedra. A imagem vem nos braços da comitiva e é entregue ao pároco, que a aguarda do lado de cá. Este profere uma prédica ao público e transfere a imagem ao povo que, daí em diante, a conduzirá à sua igreja. Praticamente todos os participantes fazem questão de carregá-la, nem que seja por alguns segundos. O antigo e pesado cofre, em poder do tesoureiro da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas, é trasladado para igreja no último dia da festa da mesma forma: carregado pelo povo, na cabeça. Na igreja, o cofre é aberto para se conferir o depósito e receber a contribuição dos irmãos. No dia 24 (Dia do Reinado), após a missa solene cantada em latim, rei e rainha do Rosário procedem farta distribuição de doces e quitandas ao público. Saibam mais no site: site www.irmandadedorosariomn.com.br