segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FOTOS AUDIÊNCIA PÚBLICA 19/01/2009












ENTREVISTA ARPA-MN (AOS ALUNOS DA E.E. DR. AGOSTINHO)

1)      O que é a ARPA e como surgiu?

          A ARPA (Associação de Recuperação e Proteção Ambiental de Minas Novas) é uma associação legalmente constituída, sem fins lucrativos, formada por cidadãos minasnovenses preocupados com a questão ambiental da nossa cidade e região, que tem como objetivos, dentre outros, planejar e realizar projetos de recuperação de áreas degradadas ou com risco eminente de degradação e conscientizar a população quanto à necessidade e importância da preservação do meio ambiente, através da educação ambiental.
                Surgiu a partir da atuação de grupo de jovens minasnovenses, então denominado JUVENTUDE PARTICIPATIVA, que no ano de 2005, realizou durante os festejos da Festa de Nossa Senhora do Rosário, movimentação no intuito de colher assinaturas da população local, a fim de apresentar posterior representação ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais na busca de medidas protetivas em defesa do Rio Fanado. A partir da entrega do mencionado documento, por iniciativa do então promotor de justiça Dr. Fernando Muniz Silva, a ARPA foi implantada em Minas Novas, no intuito de proporcionar que a população civil se organizasse e participasse ativamente das soluções ambientais afetas ao nosso Município, já que como disse Karl Marx: “Uma idéia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas”. 

2)      Quais são os projetos da ARPA em relação ao meio ambiente para Minas Novas e como vem atuando em nossa cidade?

                Várias são as sugestões de proposições de ações a serem desenvolvidas pela ARPA junto à população local e regional, e que refletem o que fora concluído em 2005 pelo Fórum da Bacia Hidrográfica do Rio Fanado no seu Plano de Ação. Dentre elas, questões relacionadas à gestão ambiental (ações de intervenção ambiental, como recuperação de áreas degradadas, proteção de nascentes e recuperação de erosões) e relacionadas à educação ambiental e comunicação (como a elaboração de um programa inovador de educação ambiental, com foco participativo, que pode ser replicado em toda a microbacia, de forma a atingir os vários públicos – estudantes, mulheres, agricultor familiar, empresários) que serão priorizadas, considerando que o diagnóstico feito e as ações propostas pelo Fórum da Agenda 21 do Rio Fanado apontam neste sentido, sendo o mencionado estudo o mais completo e louvável já realizado até hoje em nosso Rio, o que não nos permite desprezá-lo.
                 
3) Como a ARPA vê a situação do Rio Fanado e diversos outros problemas ambientais de Minas Novas?

         A situação do Rio Fanado é caótica. Convivemos passivamente com a constatação de uma realidade cada vez mais freqüente em nossa região, a seca. Aconteceu há dois anos atrás no Município de Chapada do Norte que decretou estado de calamidade pública por falta de água, quando o seu Rio Capivari secou pela irresponsabilidade dos homens que do mesmo se utilizavam. Em anos passados, na própria cidade de Minas Novas, ocorreu outra tragédia que colabora para a falta de água da região, quando o Rio Bonsucesso teve suas águas paralisadas pela seca, sem que qualquer medida preventiva fosse adotada por quem quer que seja.
      Muitos dos córregos que contribuem (ou contribuíam) para a formação do Fanado aos poucos se findam – Córregos Sapé, Timirim, Capão, Fanadinho, Arrependido, São Benedito, Invernada e Pindaíba – e necessário se faz que as autoridades, empreendedores e populações ribeirinhas se conscientizem da importância dos mesmos para que o Fanado continue a correr.
      É obrigação da sociedade e do Estado empenhar-se na preservação das espécies da flora e da fauna e dos recursos hídricos, pois, reconhecendo e assegurando os direitos da natureza, seremos mais capazes de reconhecer, assegurar e tornar efetivos os direitos dos próprios seres humanos e da humanidade em geral.

3)      A ARPA tem em mente algum projeto ambiental com a participação do jovem?

                Todos os projetos da ARPA-MN para serem efetivamente implementados necessitam da participação ativa de todos os setores sociais. Órgãos públicos, empresas, escolas, ONG’s, associação comercial, meios de comunicação, cada um tem sua responsabilidade e não pode ficar alheio ao problema, já que a solução somente será eficaz, caso haja a participação conjunta das instituições. O meio ambiente não pode ser preservado sem a consciência dos que dele se utilizam. Então quer seja pobre/rico, branco/preto, doutor/analfabeto, empreendedor/pequeno agricultor, adulto/criança, homem/mulher, todos devem participar, e mais, devem defender a natureza daqueles que não tem consciência de que o encargo é de todos e que a questão é de interesse geral. De nada adiantaria plantar mil árvores ao longo do Rio Fanado, se logo depois alguma pessoa inconsciente passasse recolhendo as mudas plantadas. A consciência ambiental é uma questão de respeito e de solidariedade entre gerações, sendo que, com certeza, o papel do jovem é de primordial importância, pois é nele que a força das idéias e do idealismo reside.

4)      De que forma os alunos do Dr. Agostinho podem ajudar a ARPA e seus projetos?

             Por ser uma questão de consciência ambiental, o meio ambiente, como um todo, agradecerá a todos os que dele se utilizam de forma responsável e sustentável. Nossa intenção é implantar em nossa cidade e região uma mudança de comportamento acerca do Rio Fanado, onde as pessoas não serão obrigadas a seguirem determinada conduta, e sim o farão de forma benevolente. A nossa meta não é apontar culpados e fazer inimigos. Agindo com diplomacia e respeito, pretendemos ter o apoio dos diversos setores, sem embargos de possível responsabilização dos reiteradamente infratores. A população regional será a maior beneficiada, pois terá água disponível hoje e amanhã.
             No que diz respeito à contribuição dos alunos da E. E. Dr. Agostinho da Silva Silveira, aos projetos da ARPA, como dos demais núcleos estudantis da cidade e região, tenho como de suma importância o papel da escola na educação ambiental. Neste sentido várias iniciativas podem ser desenvolvidas, já que a escola, através dos seus alunos, é a porta da nossa comunidade.

6) Quais os principais desejos que temos que enfrentar para amenizar os problemas ecológicos que o mundo enfrenta?

                A Agenda 21 Global, desenvolvida durante o Encontro “Rio 92”, despertou a população mundial para a situação ambiental insustentável em que vivemos. Medidas foram apontadas, acordos foram firmados, normas foram promulgadas, metas foram traçadas, em busca de uma condição mais favorável de vida no Planeta Terra. O consumo desenfreado, a população mundial crescente, o abuso no uso da água, do solo, das florestas, tudo foi colocado em pauta e levado em consideração, para a edição da Declaração Mundial em Defesa do Meio Ambiente, advinda do mencionado encontro.
                 Desejos a serem enfrentados são diversos, como bem demonstrados nas disposições da Agenda 21 Global. Mas vejo como única saída para a mitigação dos problemas ecológicos que enfrentamos, a adoção irrestrita da responsabilidade ambiental e do desenvolvimento sustentável como norteadores de todos os setores sociais, inclusive dos cidadãos, considerados individualmente. O cidadão que da água se utiliza para sua sobrevivência, as empresas que se utilizam da água para desenvolverem suas atividades econômicas e o Poder Público, que é a personificação jurídica da comunidade, devem pautar com firmeza suas políticas ambientais, evitando os desejos e os desmandos dos egoístas, que agem em detrimento do bem comum.

7) Na sua opinião, dá para ser sustentável e adotar uma forma de desenvolvimento sustentável numa sociedade tão capitalista quanto a nossa?
                  A consciência ambiental brasileira ainda é muito deficitária, já que temos o hábito de relegar as nossas riquezas naturais a um segundo plano, sendo certo que o tempo dispensado por cada cidadão em defesa do que o mantém vivo (a natureza) é irrisório e insignificante. O descaso e o capitalismo desenfreado fecham os olhos dos seres humanos para uma causa que deveria ser considerada primordial aos cinco olhos do mundo - a preservação ambiental - já que desta depende o homem para sobreviver.

8) Que mensagem você deixa para os jovens minasnovenses.

“Junto com a ecologia ambiental e social comparece a ecologia mental. É na mente das pessoas que começam as agressões contra a natureza e a falta de veneração para com a vida e a solidariedade necessária de todos para com todos”.


PLANO DE AÇÃO DA AGENDA 21 DO FANADO

O Plano de Ação da Agenda 21 da Bacia do Rio Fanado foi elaborado por ocasião do III Encontro Microrregional do Fórum da Agenda 21, realizado em novembro de 2005, na área de campo do Centro de Cultura Alternativa Vicente Nica – CAV, em Turmalina.
Trata-se de um esforço de comprometimento com as ações a serem desenvolvidas a partir de agora, quando se inicia a implantação do Plano de Ação da Agenda 21, envolvendo a articulação das ações já existentes ou a serem iniciadas, a cargo dos diversos órgãos governamentais e entidades da sociedade civil, além da proposição estratégica de projetos que deverão ser desenvolvidos e para os quais deverão ser buscadas parcerias estratégicas.
Como principal projeto a ser implantado a partir de agora, e para o qual será solicitado o apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA, a comunidade do Fanado escolheu o projeto de “Recuperação da mata ciliar e proteção das nascentes da bacia do rio Fanado”.
Através desse projeto estrutural, que será desenvolvido nos quatro municípios, por pelo menos duas diferentes entidades sociais, espera-se:
·         recuperar a mata ciliar de trechos do rio Fanado que apresentem maior degradação e que possam ser assumidos por suas comunidades rurais;
·         proteger as nascentes que apresentem maior degradação e que sejam mais importantes para o balanço hídrico da bacia, considerando a importância das microbacias e o seu nível de degradação vis-à-vis as atividades que são ali desenvolvidas, compreendendo:
o   cercamento das nascentes;
o   recuperação da vegetação; e
o   acompanhamento das condições de proteção das nascentes.
Deve-se destacar, também, a articulação entre essas ações e aquelas que já vem sendo desenvolvidas, notadamente, pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA, através do Sistema Integrado de Proteção aos Mananciais – SIPAM, do Instituto Estadual de Florestas – IEF, e da própria Acesita Energética, seja na faixa de reserva legal, seja nas faixas ecológicas.
Além do projeto estratégico, escolhido pelos representantes, outras iniciativas foram consideradas como prioritárias pelo Fórum da Agenda 21, sendo que algumas delas já estão em curso, como a implantação das ETE, especialmente em Capelinha e Minas Novas; o equacionamento da questão da disposição final dos resíduos sólidos; a elaboração dos Planos Diretores Municipais e a revisão da Legislação Urbanística Básica; a estruturação dos sistemas municipais de gestão ambiental; e a própria proteção ambiental dos mananciais, projeto que vem sendo desenvolvido pela COPASA, mas que também precisa de parceiros estratégicos.
No que diz respeito ao fortalecimento da agricultura familiar, iniciativas voltadas para melhorar a convivência com o semi-árido têm merecido destaque e se somam às iniciativas de proteção e recuperação ambiental elencadas no Plano de Ação.
Finalmente, em relação à educação ambiental e à comunicação social, um esforço específico deverá ser feito, a partir da disponibilização do material da Agenda 21, no sentido de desenhar e implementar um projeto integrado de educação ambiental para os municípios da bacia do rio Fanado. Esta iniciativa será pioneira no Estado de Minas Gerais e o sucesso de uma articulação intermunicipal na bacia já foi provado através da I Feira de Ciências e Cultura da Bacia do Rio Fanado, realizada com grande sucesso, em Capelinha, no ano de 2005.
Apesar de sintético e muito objetivo, o Plano de Ação, traduzido no Quadro 3, apresentado nas páginas seguintes, traduz o atual estado de sensibilização, mobilização e organização da sociedade civil do Fanado e sua implementação deverá ser capaz de produzir efeitos multiplicadores em toda a bacia, disseminando os trabalhos já realizados, ampliando o nível de sensibilização das comunidades, dos agentes econômicos e políticos, e permitindo, num futuro próximo, um maior comprometimento de todos com as causas socioambientais.
Assim, nas páginas seguintes, são apresentados os quadros do Plano de Ação, os quais resumem as deliberações do Fórum da Agenda 21 da Bacia do Rio Fanado, conforme deliberação do III Encontro Microrregional do Fórum da Agenda 21 da Bacia do Rio Fanado.

A AGENDA 21 DO RIO FANADO É UM DIAGNÓSTICO AMBIENTAL QUE JÁ EXISTE. SÓ FALTA BOA VONTADE POLÍTICA E MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE ENVOLVIDA NA LUTA PELA SUA EFETIVAÇÃO!!!!!

ARPA-MN
 Associação de Recuperação e Proteção
Ambiental de Minas Novas - MG
CNPJ n.º. 07.557.733/0001-70.


                                                    ATA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

          Aos 19 de janeiro de 2009, às 19:30 horas, no Salão do Tribunal do Júri da Comarca de Minas Novas/MG, foi dado início à Audiência Pública pelos Associados Daniel Costa Sousa e Cibele Maciel que procederam à leitura dos principais objetivos da presente audiência, lembrando, ainda, da importância do meio ambiente, tanto no que se refere à proteção quanto à recuperação de áreas já degradadas, citando a importância da ARPA como instrumento para defender o meio ambiente. Em seguida, foram chamadas as seguintes autoridades para compor a mesa. Dr. Magton Geraldo Camargos Sousa, Presidente da ARPA, Drª Luciana Guimarães Teixeira Christofaro, Promotora de Justiça das Comarcas de Minas Novas e Turmalina, Dr. Cristiano Araújo Simões, Juiz de Direito da Comarca de Turmalina em substituição ao Juiz de Direito da Comarca de Minas Novas, Drª. Eliana Piedade Alves Machado, Superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Vale do Jequitinhonha, José Henrique Gomes Xavier, Prefeito Municipal de Minas Novas, Osmano Eustáquio Silva, Secretário de Meio Ambiente, que representa o Prefeito Municipal de Capelinha; Everaldo José Azevedo Comandante da Polícia Ambiental de Minas Novas; Osvaldo Ferreira, Secretário de Agricultura, que representa o Prefeito Municipal de Turmalina; Ilmar Aparecido, Vice Prefeito Municipal de Angelândia. Foi apresentado o Hino Nacional Brasileiro. Deu-se início de fato à audiência pública, lembrando da importância da água potável para a preservação da vida humana, colocando a importância da preservação dos nossos mananciais, principalmente do Rio Fanado, o qual será priorizado pelo fator principal da sua importância para os Municípios de Angelância, Capelinha, Minas Novas, Turmalina, afetando a vida de milhares de pessoas. O Presidente da ARPA, Sr. Magton Geraldo Camargos Sousa esclareceu os objetivos principais da Associação, pediu que os presentes se unam no mesmo objetivo e evitem polemizar os assuntos, uma vez que o objetivo maior é buscar soluções e não apontar culpados. Daniel Costa Sousa passou a palavra ao Vice-Presidente da ARPA para iniciar a apresentação da proposta do Projeto do Grupo de Trabalho do Rio Fanado (GTRF). O Vice-Presidente da ARPA, Senhor Lyndon Célio Aguiar Vieira, mostrou através de documentário com fotos e gravações feitas numa expedição de 120 Km realizada no Rio Fanado em 1999, desde sua nascente em Angelândia até sua foz no Rio Araçuaí. Foram apontados vários pontos degradados já naquela época. A intenção é de mostrar as mudanças que aconteceram daquela época até hoje. Muitos córregos, afluentes do Fanado, que naquela época pediam socorro, hoje não existem.  Em seguida o Engenheiro Agrônomo Fábio Amaral, contratado pela ARPA e ASCOPI, apresentou a proposta de Formação do Grupo de Trabalho, que será composto por pessoas especializadas com intuído de realizar estudo em toda a extensão do Rio Fanado, apontando todos os fatores considerados importantes pela equipe a ser formada. O objetivo é confeccionar um relatório técnico apontando todos os dados necessários para apresentar sugestões, diagnosticando e caracterizando toda a Bacia do Rio Fanado. Relatório com informações a respeito da saúde da Bacia do rio Fanado, seus problemas, pontos onde é necessário intervenção. Apontamento de medidas mitigatórias. Encaminhamento de informações sobre atividades irregulares aos órgãos competentes. Base de informação para projetos de revitalização da Bacia do Rio Fanado. Seguindo o seguinte cronograma: nesta audiência apresentada a proposta; de fevereiro a março de 2009, elaboração do projeto; em abril de 2009 apresentação do Projeto; de maio a julho de 2009 Capacitação de Recurso Financeiros; em agosto de 2009 Formação da Equipe de Trabalho; em setembro de 2009 Início dos Trabalhos de Pesquisa de Campo; dezembro de 2009, conclusão do Projeto. Finalizou solicitando o apoio da população, dos órgãos públicos e também das autoridades competentes. Dando continuidade, Cibele Maciel passou a palavra a Drª. Luciana Guimarães Teixeira Christofaro, Promotora de Justiça, falou da importância do projeto, ressaltando que igual projeto, AGENDA 21 já se encontra finalizado. Lembrou da necessidade de juntar esforços em prol da recuperação da Bacia do Rio Fanado, colocando à disposição da Sociedade, juntamente com a ARPA para realizar um trabalho que já está previsto na Agenda 21. Em seguida, o Dr. Cristiano Araújo Simões da Comarca de Turmalina que está substituindo o Dr. Ronaldo Souza Borges, Juiz da Comarca de Minas Novas se prontificou em ajudar o projeto, apoiando as ações que forem demandadas pelo Grupo de Trabalho. Foi dada a palavra a Drª. Eliana Piedade Alves Machado, Superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Vale do Jequitinhonha, falou sobre os dados que já foram levantados pela SUPram, esclarecendo que já existe o diagnóstico, ou seja, os dados já foram levantados através do Projeto Agenda 21, falta agora a participação da Sociedade na elaboração de soluções, desenvolvendo ações de preservação e recuperação. Importante agora é a mobilização e implementação das ações já definidas na Agenda 21, inclusive cobrando os órgãos públicos responsáveis, das empresas que não estão cumprindo a legislação ambiental, colocou a SUPRAM à disposição para ajudar a ARPA. Dada a palavra ao Sr. José Henrique Gomes Xavier, parabenizou o presidente da ARPA pela iniciativa. Lembrou da importância do projeto, bem como que o mesmo esteja sendo abrangido aos afluentes do Rio Fanado. Lembrou ainda os nomes de alguns Córregos da Região da Lagoa Grande que hoje já não existem. Falou da estação tratamento de esgoto de Minas Novas, que já se encontra em estágio adiantado, assim como a Represa de Santa Rita, já é, novamente, colocada como prioridade para a Região entre os nossos representantes junto ao Governo do Estado. Osvaldo Ferreira, Secretário de Agricultura, que representa o Prefeito Municipal de Turmalina, falou da importância do projeto Agenda 21. Lamentando que o projeto não foi totalmente concluído, faltando assessoria por parte de algumas entidades e também pelo curto prazo destinado à sua conclusão. Falou ainda que todos os municípios e comunidades rurais de Turmalina serão atendidos pela COPANOR no que tange ao abastecimento de água e tratamento de esgoto. Dada a palavra ao Sr. Osmano Eustáquio Silva, Secretário de Meio Ambiente, que representa o Prefeito Municipal de Capelinha, assumiu o compromisso de lutar ao lado da ARPA pela recuperação das áreas degradadas. Dada a palavra ao Sr. Ilmar Aparecido, Vice Prefeito de Angelândia, este falou da importância deste evento ressaltando o empenho e preocupação do Município de Angelândia com o Meio Ambiente, passando a palavra ao Chefe de Gabinete Sr. Cláudio Gomes, que explanou sobre a realidade da degradação no município de Angelândia. Como presidente da ACAVAJE falou da necessidade de “brigar” com os grandes agricultores da região, que não estão respeitando as leis ambientais. Colocou a ACAVAJE e a Prefeitura de Angelândia à disposição para o que for necessário. Dada a palavra ao Comandante da Polícia Militar, Sr. Everaldo José Azevedo, falou da dificuldade da Polícia Ambiental em fiscalizar toda a região, composta de nove municípios, a falta de recursos e a falta de efetivo. Em seguida, foi dada oportunidade aos representantes das Associações presente de se manifestarem. A Srª. Cláudia Rodrigues Lopes, representante da ASCOPI, sugeriu que a ARPA marque uma reunião para compor o Grupo de Trabalho, aproveitando os dados já coletados e apresentados na Agenda 21. O Sr. William, representante da Associação Campo Vale, falou da falta de apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Araçuaí. Lembrou que a ARPA deveria participar de outros movimentos e manifestações regionais que estão acontecendo em prol do meio ambiente. Considerando as causas e os problemas ao longo da história, que ajudarão no desenvolvimento de ações para melhoria do meio ambiente. A Srª. Vanda Ferreira Rodrigues, Coordenadora da Ampliar, parabenizou a ARPA pela iniciativa, colocou a importância de realizar eventos como este para que as ações sugeridas se tornem realidade. A Srª Marluce Maria Vieira Lages, Vice Diretora da Escola Estadual Dr. Agostinho da Silva Silveira, falou da importância do nosso cuidado com o Rio Fanado, um cartão postal da nossa região, falando ainda sobre documentário realizado pelos alunos da referida escola, denunciado degradações e abusos ao meio ambiente, entregando o documento à Drª. Luciana Guimarães Teixeira Christofaro, Promotora da Comarca. Dando encerramento à audiência o Presidente da ARPA, Dr. Magton Geraldo Camargos Sousa agradeceu a presença de todos e lembrando da importância desta audiência, não só por sua realização, mas, para lembrar que este é apenas o começo de um projeto que não poderá ficar apenas no papel, pois o objetivo maior é o desenvolvimento de ações concretas. Encerrada a audiência, foi lavrada a presente ata que estando conforme foi devidamente assinada pelos componentes da mesa.

COLETA DE LIXO NAS MARGENS DO RIO FANADO (FOTOS)












quinta-feira, 4 de agosto de 2011

HISTÓRICO DA ARPA

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ARPA-MN (ASSOCIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO E PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MINAS NOVAS)

A ARPA – MN foi criada no dia 27 de julho de 2005, após intensa movimentação de um grupo de jovens minasnovenses preocupados com a questão ambiental, denominado Juventude Participativa. Após adesão popular à causa e representação do mencionado grupo ao Ministério Público, na pessoa do então Promotor de Justiça Dr. Fernando Muniz, como forma de participação popular nas decisões ambientalistas locais, foi proposto pelo parquet a criação de uma entidade social, sem fins lucrativos, que atuasse na luta contra todos os atos de degradação relativos ao Meio Ambiente, o que foi de pronto atendido pela sociedade minasnovense, que compareceu em massa na reunião de instalação da instituição.
Atualmente contando com mais de 70 associados devidamente cadastrados e inúmeros simpatizantes, que infelizmente ainda não formalizaram sua situação, a associação conta com o apoio efetivo do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (Comarca de Minas Novas) e da Polícia Militar Ambiental local no desenvolvimento de suas atividades. Encontra-se devidamente registrada no Cadastro Nacional de pessoas jurídicas e foi reconhecida como “Associação de Utilidade Pública Municipal” pela Lei Municipal nº 1.620 de 27 de junho de 2008 e de “Utilidade Pública Estadual” pela Lei 18.253 de 15 de julho de 2009.
A ARPA – MN iniciou suas atividades dando suporte técnico à Polícia Ambiental, mas aos poucos vem ampliando suas atividades ao que prevê o seu Estatuto. Realizou a 1ª Semana Ambiental e de conscientização da criança e adolescente em janeiro de 2006; adquiriu dois computadores que foram cedidos ao IEF e à Polícia Ambiental para o desenvolvimento satisfatório de suas funções em agosto de 2006; promoveu o repovoamento de peixes existentes na Micro-bacia do Rio Fanado em junho de 2007; solicitou providências dos gestores ambientais municipais acerca da situação do lago da represa da Barragem das Almas em novembro de 2007; participou de vários procedimentos requisitados pelo Ministério Público no Município de Minas Novas, como verificação de cumprimento de termos de ajustamento de condutas e análise da situação do depósito de lixo municipal; encaminhou comunicação a mais de 40 órgãos e entidades públicas municipais, estaduais e federais sobre a situação atual do meio ambiente local em agosto de 2008, o que culminou até o momento com a instauração do procedimento preparatório nº 0418.08.000002-3 na Promotoria de Justiça da Comarca de Minas Novas; participou da manifestação em defesa do Rio Fanado realizada no dia 07 de novembro de 2008, organizada em parceria com a AMPLIAR, ASCOPI, Associação Comercial, Câmara dos Vereadores, Campo Vale, CODEMA e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, sendo o documento idealizado encaminhado às autoridades competentes; contratação de engenheiro agrônomo para implementação de projetos desenvolvidos pela instituição; apoio técnico aos projetos de cercamentos de nascentes desenvolvidos na região; realização de audiências públicas que culminaram com o lançamento de uma “Frente multi-organizacional em defesa do Rio Fanado” e elaboração do Projeto: “Recuperação da Mata Ciliar e das nascentes na Bacia do Rio Fanado” encaminhado ao FNMA (órgão financiador federal) e FHIDRO (fundo de financiamento estadual), no intuito de desenvolver atividades concretas de recuperação das áreas degradadas ao longo do Rio (que percorre os Municípios de Angelândia, Capelinha, Turmalina e Minas Novas - todos devidamente representados nas audiências); contratação do Instituto Pró-cidadania (PRÓ-CITTÀ), responsável pelo desenvolvimento técnico do projeto acima mencionado; realização de mutirão junto com a Polícia Ambiental e escolas da região para a coleta do lixo nas Margens do Rio Fanado em março de 2010; mobilização junto ao SUPRAM Jequitinhonha para suspensão da licença concedida para a exploração mineral na área da Barragem Cruz das Almas, tendo em vista o descumprimento das condições ambientais estabelecidas; promoveu “corpo a corpo”, nas salas de aula, junto aos alunos das escolas estaduais de Minas Novas, levantando questões relacionadas à educação e ao equilíbrio ambiental, com o sorteio de brindes da ARPA para os participantes; financiamento de reparos da viatura da Polícia Ambiental local, bem como acompanhamento dos integrantes da guarnição à denúncias de irregularidades ambientais; realização de audiência pública pela Comissão de Meio Ambiente da ALMG a requerimento do Deputado Délio Malheiros(PV);  aquisição de terreno nas proximidades do Ribeirão Bom Sucesso para instalação de Centro de Educação Ambiental na região; participação efetiva junto ao CBH-Araçuaí/JEQ2, o que culminou com a criação do Sub-Comitê do Rio Fanado em dezembro de 2010; vistoria no lixão da cidade de Minas Novas em janeiro de 2011, junto ao Promotor Dr. Bernardo de Moura Lima Paiva Jeha, no intuito de que seja implantada estação de tratamento de esgoto na cidade; fiscalização das obrigações estabelecidas pelo Ministério Público no aterro sanitário municipal em fevereiro de 2011, encaminhamento do projeto “Recuperação e restauração do Balneário da Barragem das Almas – Município de Minas Novas – Vale do Jequitinhonha – Minas Novas, ao CEDIF – Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Difusos em março de 2011; realização de ato simbólico em defesa do Rio Fanado alusivo à Campanha da Fraternidade 2011 durante os festejos de Nossa Senhora do Rosário; restauração do trevo da entrada de Minas Novas, dentre outras atividades ordinárias e corriqueiras da associação.