domingo, 23 de outubro de 2011

ATO SIMBÓLICO ARPA-MN - Festa de Nossa Senhora do Rosário 2011

REFLEXÃO SOBRE O MEIO AMBIENTE
(Mensagem oferecida pela ARPA/MN – Associação de Recuperação e Proteção Ambiental de Minas Novas em defesa do Rio Fanado).
O dia 23 de junho é um dia especial para a comunidade minasnovense, posto que agrega a nossa devoção maior ao nosso mais importante recurso natural, o que resulta na “Busca da Nossa Senhora do Rosário no Rio Fanado”.
Neste dia tão importante para todos nós, e tendo em vista o tema da Campanha da Fraternidade 2011: “Fraternidade e a vida no planeta”, faz-se necessário que agradeçamos a Deus por toda a Criação e que façamos uma reflexão sobre como estamos defendendo a vida do nosso Planeta.
Propomos um dia de meditação e de avaliação do que estamos fazendo para melhorar o ecossistema, principalmente os recursos naturais que estão à nossa volta.
É necessário que nos curvemos, diante dos erros e falhas cometidas, ao nosso descaso com o meio ambiente e busquemos mitigar as conseqüências dos danos cometidos pela ganância e egoísmo humano.
A sociedade moderna sempre procurou inventar e aperfeiçoar instrumentos e atividades para melhorar sua condição de vida. Empenhamo-nos, cada vez mais por uma vida fantástica, mas nos esquecemos da fantástica vida da natureza.
Qualquer atividade depende dos recursos naturais, que são finitos. Estão aí os inúmeros desastres ambientais, o aumento da lista de espécies de animais em extinção, a concentração e o crescimento da população nas grandes cidades.
A água contaminada e a poluição causam doenças que matam de 5 a 6 milhões de pessoas todo ano. Mais de 90 mil quilômetros quadrados de florestas foram derrubadas anualmente na década de 90, remanescendo apenas um terço do total das matas nativas na Terra.
Aqui na nossa cidade, a perda, considerada “certa”, de mais um dos nossos Rios (o Fanado) é anunciada, e os setores sociais insistem em se manterem inertes, esperando que a situação se torne irreversível. A nossa vida, com certeza, se tornará mais difícil sem a água em abundância que o Fanado nos oferece.
De outro lado, muitos avanços têm sido alcançados. Parte da população se mobiliza em defesa do meio ambiente. A conscientização ambiental evolui e o Poder Público, em alguns casos, esforça-se em formular e aplicar políticas ambientais corretas. Todavia, o processo de degradação é muito mais acelerado que o de proteção.
Até quando suportaremos? Nossa consciência ecológica como está? Temos conversado com os nossos filhos sobre o tema? Temos estimulado o debate sobre o assunto nas empresas e nas igrejas? E os meios de comunicação têm levado a sério a questão? Enfim, estamos cuidando do nosso ambiente para promover justiça e qualidade de vida para as presentes e futuras gerações?
É necessário buscarmos novos paradigmas para atingirmos o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade ambiental esperada de todos os setores sociais. A nossa luta deve ser não para sobreviver, mas para viver dignamente neste planeta.
Quando paramos para ver tudo isso, chegamos a ficar desanimados com o poder destrutivo que o ser humano possui. Mas vale lembrar que nem tudo está perdido, pois existe também uma parcela de nossa sociedade que está preocupada em contribuir positivamente para evitar que todos esses danos se agravem ainda mais. Os cidadãos estão mais conscientes sobre a necessidade do engajamento na construção de cenários sociais e ambientais mais favoráveis.
Por mais pessimista que sejam as estatísticas e as opiniões, não podemos desistir nunca. Não podemos cruzar os braços, pois juntos podemos fazer a diferença. Trabalhando unidos podemos fazer a diferença. Construir um mundo melhor!!!
AS PRESENTES GERAÇÕES LOUVAM...
Ó Deus, nós te damos graças por este universo, nosso lar; pela sua vastidão e riqueza, pela exuberância da vida que o enche e da qual somos parte. Nós te louvamos pelo céu celeste e pelos ventos, grávidos de bênçãos, pelas nuvens que navegam e as constelações, lá no alto. Nós te louvamos pelos oceanos, pelas correntes frescas, pelas montanhas que não se acabam, pelas árvores, pelo capim sob os nossos pés. Nós te louvamos pelos nossos sentidos: poder ver o esplendor da manhã, ouvir as canções dos namorados, sentir o hálito bom das flores da primavera. Dá-nos, rogamos-te, um coração aberto a toda esta alegria e a toda esta beleza, e livra as nossas almas da cegueira que vem da preocupação com as coisas da vida e das sombras das paixões, a ponto de passar sem ver e sem ouvir até mesmo quando a sarça, ao lado do caminho, se incendeia com a glória de Deus. Alarga em nós o senso de comunhão com todas as coisas vivas, nossas irmãs, a quem deste esta terra por lar, juntamente conosco. Lembramo-nos, com vergonha, de que no passado aproveitamos do nosso maior domínio e dele fizemos uso com crueldade sem limites, tanto assim que a voz da terra, que deveria ter subido a ti numa canção, tornou-se um gemido de dor. Que aprendamos que as coisas vivas não vivem só para nós; que elas vivem para si mesmas e para ti, que elas amam a doçura da vida tanto quanto nós, e te servem, no seu lugar, melhor que nós no nosso. Quando chegar o nosso fim, e não mais pudermos fazer uso deste mundo, e tivermos de dar nosso lugar a outros, que não deixemos coisa alguma destruída pela nossa ambição ou deformada ela nossa ignorância. Mas que passemos adiante nossa herança comum mais bela e mais doce, sem que lhe tenha sido tirado nada da sua fertilidade e alegria, e assim nossos corpos possam retornar em paz para o ventre da grande mãe que os nutriu e os nossos espíritos possam gozar da vida perfeita em ti.
AS FUTURAS GERAÇÕES CLAMAM...
Meu Deus,
Perdoe-nos por todos os males que nós, humanos, estamos cometendo com a natureza, principalmente poluindo rios, mares, oceanos, açudes, lagos, riachos, as águas de um modo geral. Por estarmos destruindo matas, florestas, matando os animais selvagens, silvestres, poluindo o ar, a atmosfera, desequilibrando a ecologia, destruindo a camada de ozônio, por estarmos destruindo a natureza como um todo...
Perdoe-nos por tudo isso, meu Deus, e nos ajude a conscientizarmos e agirmos no sentido de preservarmos o que ainda temos, o que ainda resta da natureza, e procurarmos recuperar o que ainda pode e deve ser recuperado.
Perdoe-nos, meu Deus, e abençõe-nos todos, para que sejamos pessoas melhores e tenhamos consciência de nossas responsabilidades em relação a tudo que nos cerca, como também em relação a nós mesmos.
Muito obrigado,
Amém.
Se todo mundo fizer um pouquinho, podemos contribuir um montão para o mundo! Aliás, o que fazemos de prejudicial aqui onde vivemos refletirá no planeta, na camada de ozônio. Os rios, riachos, lagoas e açudes merecem uma atenção toda especial. O Rio Fanado, maior guerreiro da nossa cidade, não consegue encarar esta batalha sozinho. Precisa de aliados.
A situação do Rio Fanado é caótica. Convivemos passivamente com a constatação de uma realidade cada vez mais freqüente em nossa região, a seca. Muitos dos córregos que contribuem (ou contribuíam) para a formação do Fanado aos poucos se findam, e necessário se faz que as autoridades, empreendedores e populações ribeirinhas se conscientizem da importância dos mesmos para que o Fanado continue a correr.
Cada cidadão, família, entidade, bairro, comunidade, aluno, professor, entidade social, meios de comunicação, empresas, órgão público, deve somar forças na luta por um meio ambiente saudável. Na luta pela preservação do Rio Fanado. É através da educação e da informação que o povo adquire condições de participar efetivamente da sociedade de modo consciente, crítico e criativo.
A solução somente será eficaz, caso haja a participação conjunta das instituições. O meio ambiente não pode ser preservado sem a consciência dos que dele se utilizam. Todos devem participar, e mais, devem defender a natureza daqueles que não tem consciência de que o encargo é de todos e que a questão é de interesse geral. De nada adiantaria plantar mil árvores ao longo do Rio Fanado, se logo depois alguma pessoa inconsciente passasse recolhendo as mudas plantadas. A consciência ambiental é uma questão de respeito e de solidariedade entre gerações, sendo que, com certeza, a união é de primordial importância.
Faz-se extremamente necessário e urgente, que todos os beneficiados pelas águas hoje minguadas, por isto, cada dia mais importantes à nossa região, formem um movimento de proteção ao Rio Fanado, dádiva de Deus numa região que tem como saga a escassez de águas, nos insurgindo contra todos os riscos efetivos decorrentes da utilização indevida do nosso mais precioso bem natural.
Quando cometemos erros, devemos refletir sobre eles e tentar consertá-los. O caminho em direção ao bem não é fácil, mas, quando conquistado, torna-se uma enorme gratificação para o ser humano. Cem gramas de prática geralmente valem mais do que uma tonelada de teoria.
Que possamos, neste dia tão especial para Minas Novas, fazer uma reflexão sobre a nossa responsabilidade, pautando quais as contribuições efetivas que estamos dando para que as gerações futuras possam desfrutar de tantas belezas e, sobretudo, de um planeta em condições mínimas de se viver. Quais as contribuições concretas que oferecemos ao Rio Fanado.
O maior desafio está na tomada de consciência de que não somos os donos do Planeta nem temos o poder de usurpá-lo desmesuradamente, causando conseqüências irreversíveis para a geração vigente e também para as futuras gerações. Tudo será melhor quando cada pessoa começar a fazer o mapa da sua própria retrospectiva ecológica.
A criação geme em dores de parto. Somente o comportamento ativo de cada cidadão pode transformar o problema em solução. Fraternidade é a palavra chave para a preservação da vida no planeta. Ação é a atitude esperada de todos nós.


Agradecimentos especiais ao Café Jequitinhonha (Capelinha - MG - Primeira foto: Cida/Relações Públicas do Café Jequitinhonha).

































MINAS NOVAS/MG
BERÇO DO VALE DO JEQUITINHONHA
283 ANOS DE HISTÓRIA, TRADIÇÃO E CULTURA.

A Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas completou 200 anos e conta com dezenas de manifestações culturais e artísticas.  A fé da população é marcada durante os rituais católicos preservados desde o tempo dos escravos. Diferentemente de outras cidades e localidades que mantêm a tradição da Festa do  Rosário, Minas Novas celebra a sua no mês de junho, mais precisamente nos dias 23, 24 e 25, em coincidência com a data da festa de São João.
Além do reinado, cujo cortejo é uma atração à parte, a festa em Minas Novas apresenta  duas características que a distinguem das outras: a busca da imagem no rio Fanado, que banha a cidade, e o traslado do cofre, no qual se depositam as contribuições anuais dos irmãos e irmãs do Rosário.
A primeira solenidade dos três dias finais da festa é o traslado da imagem de Nossa Senhora do Rosário. Atrás dos reis do Rosário toda a comunidade se dirige ao Rio Fanado. A comitiva da festa, acompanhado dos grupos folclóricos ligados às tradições da festa, atravessa o rio em busca da imagem que se encontra do outro lado numa pedra. A imagem vem nos braços da comitiva e é entregue ao pároco, que a aguarda do lado de cá. Este profere uma prédica ao público e transfere a imagem ao povo que, daí em diante, a conduzirá à sua igreja. Praticamente todos os participantes fazem questão de carregá-la, nem que seja por alguns segundos. O antigo e pesado cofre, em poder do tesoureiro da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas, é trasladado para igreja no último dia da festa da mesma forma: carregado pelo povo, na cabeça. Na igreja, o cofre é aberto para se conferir o depósito e receber a contribuição dos irmãos. No dia 24 (Dia do Reinado), após a missa solene cantada em latim, rei e rainha do Rosário procedem farta distribuição de doces e quitandas ao público. Saibam mais no site: site www.irmandadedorosariomn.com.br 

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