sexta-feira, 28 de outubro de 2011

RIO FANADO: Educação ambiental e comunicação social

A educação ambiental é um dos grandes objetivos Agenda 21. Seu objetivo é:
“desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhes  são associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos” (citado em MARCATTO, 2002: 14)
A educação ambiental na bacia do rio Fanado não é uma atividade contínua, abrangente e articulada. São desenvolvidas ações pontuais e episódicas, abrangendo diferentes públicos, como escolas, empresas produtores rurais grandes, médios e pequenos e adultos, mas, em geral, em torno de processos específicos.
Questões como a falta de investimentos públicos, de apoio político e de sensibilidade para a questão contribuem para a limitação do escopo das ações de educação e comunicação social orientadas para o meio ambiente.
Existem, na bacia, pontos positivos que podem possibilitar uma mudança desse quadro, como a atuação articulada das secretarias de educação, de entidades não-governamentais atuantes na região, dos meios de comunicação, como as rádios locais, os quais poderiam estar juntos num projeto que abrangesse não só um município, mas toda a bacia do rio Fanado.
Ao longo da construção da Agenda 21 da Bacia do Rio Fanado, diversas iniciativas, especialmente a I Feira de Ciências e Cultura da Bacia do Rio Fanado, provaram que é possível desenvolver um trabalho conjunto na região, especialmente em torno do setor de educação, com a participação das Escolas Estaduais e das Secretarias Municipais de Educação.
Os temas estraturantes abaixo delineados são os principais que devem ser desenvolvidos pelas comunidades como forma de desenvolver práticas concretas em favor do meio ambiente.
TEMA ESTRUTURANTE 1: GERAL
Saneamento socioambiental
Problemas:
Possibilidades
  • Falta de gestão local da questão socioambiental.
  • Desarticulação interinstitucional.
  • Abordagem interdisciplinar deficiente no tratamento da questão socioambiental: saúde, saneamento, educação e gestão ambiental.
  • Redução da quantidade e da qualidade da água utilizada no abastecimento das cidades.
  • Ausência ou deficiência dos sistemas de esgotamento sanitário das cidades da bacia do rio Fanado;
  • Falta de sistemas adequados de esgoto na zona rural.
  • Lançamento de esgotos “in natura” no rio Fanado e outros cursos d’água.
  • Rede pluvial, quando existente, recebe “contribuição” de esgoto.
  • Tratamento e disposição inadequados do lixo.
  • Degradação ambiental: práticas insustentáveis.
  • Questões políticas e descontinuidade administrativa.
  • Falta de educação, de informação e de conhecimento sobre a questão.
  • Falta de consciência ambiental.
  • Participação e desenvolvimento de projetos voltados para a questão socioambiental por parte de algumas ONG, como a APLAMT (projeto de monitoramento da qualidade das águas, entre outros), sobretudo na zona rural.
  • COPASA e Prefeitura Municipal de Capelinha assinam novo contrato de concessão do serviço de água e esgoto, abrangendo a recuperação do Areão e o tratamento do esgoto da área urbana de Capelinha.
  • Atividades de recuperação do manancial de abastecimento de Capelinha: SIPAM – Sistema Integrado de Proteção dos Mananciais.
  • Interesse da COPASA em revisar os contratos de concessão do abastecimento de água, agregando a questão do tratamento do esgoto das áreas urbanas.
  • Existência de diversos projetos voltadas para cercamento de nascentes, recuperação de mata ciliar e outros (inclusive com viveiros).
  • Existência de muitas nascentes, sobretudo no município de Angelândia.
  • Interesse das comunidades e das escolas de abordar a questão ambiental.
  • O projeto da Agenda 21.


TEMA ESTRUTURANTE 2: GERAL
Gestão ambiental (ênfase no fortalecimento institucional)
Problemas:
Possibilidades:
  • Diminuição da vazão de mananciais da bacia.
  • Desmatamento – Nascentes, matas ciliares e de topo.
  • Reflorestamento nas áreas de recarga.
  • Bombeamento das águas – irrigação de lavouras e abastecimentos.
  • Interferência política.
  • Corrupção.
  • Descumprimento das legislações.
  • Falta de conscientização do poder público no repasse dos recursos (ICMS ecológico).
  • Falta de recursos (liberação).
  • Sucateamento dos órgãos fiscalizadores.
  • Pequenas propriedades que não trazem sustentabilidade às famílias.
  • Muita burocracia no atendimento dos projetos.
  • Falta de fiscalização dos recursos.
  • Uso indevido dos recursos.
  • Construção de vias sem levar em conta os danos.
  • Razões financeiras sobre as razões sociais e ambientais.
  • Falta de recursos financeiros e humanos nas questões ambientais. Ex.: Lixo.
  • Lixo – problemas na área urbana e rural.
  • Má qualidade da água.
  • Lançamento de esgotos domésticos.
  • Lixo.
  • Uso indiscriminado de agrotóxicos.
  • Garimpo/extração de areia e cascalho.
  • Falta saneamento urbano e rural.
  • Assoreamento dos cursos d`água.
  • Falta de conservação e preparo do solo.
  • Locação inadequada de estradas e saída de água das mesmas.
  • Garimpo.
  • Desmatamento/queimadas.
  • Educação ambiental.
  • Burocracia e falta de políticas públicas (municipal, estadual e federal).
  • Amigos da escola.
  • Iniciativa a partir das comunidades.
  • PROSAV – CAV – EMATER. CÁRITAS. (M. Sem Fome) 0 Comunidade.
  • CODEMA (reestruturação e capacitação).
  • Vontade de mudanças.
  • Proteção de algumas nascentes.
  • Conscientização.
  • Parcerias.
  • Fortalecimento constante do capital social.
  • ICMS ecológico.
  • Equipe multidisciplinar.
  • Preocupação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
  • Material humano compromissado (equipe técnica, governo, sociedade, usuários do Bocui).
  • Legislação ambiental.
  • Malha hidrográfica abundante.
  • Biodiversidade.
  • O retorno das embalagens dos defensivos ao local de origem.
  • Boa vontade para negociações e busca de solução.
  • Agenda 21.
  • Ações do legislativo: preocupação com o meio ambiente. Ex.: proteção das nascentes.

TEMA ESTRUTURANTE 3: MINAS NOVAS
Agricultura familiar e acesso à terra
Problemas:
Possibilidades:
  • Falta credibilidade dos produtos locais.
  • Divulgação e capacitação.
  • Fim da burocracia – crédito, assistência técnica, comercialização.
  • Desorganização das associações comunitárias.
  • Apoio insuficiente no ciclo reprodutivo.
  • Financiamento burocrático sem proteção ao pequeno produtor.
  • Falta orientação de técnicos especialistas em o que plantar e como plantar nas regiões diversas.
  • Dificuldades de acesso ao crédito.
  • Mudanças constantes nas políticas públicas para o setor.
  • Condição climática adversa.
  • Capacidade de criação de gado limitada.
  • Assistência técnica adequada e permanente (falta).
  • Migração para o corte de cana.
  • Apoio insuficiente.
  • Capacidade de mobilização do STR.
  • Feiras livres para comercialização.
  • Geração de renda para o agricultor.
  • Agricultura familiar é uma área onde a família trabalha e colhe sua produção, sem empregados.
  • As pessoas trabalham junto ao grupo para realizar os problemas.
  • Atividade agropecuária exercida por pequenos produtores.
  • Importante para o desenvolvimento.
  • Única renda para ficar em sua terra.
  • Sobrevivência.
  • Protege área e nascente e evita lixo e fogo.


TEMA ESTRUTURANTE 4: ANGELÂNDIA
O desafio da sustentabilidade da monocultura
Problemas:
Possibilidades
  • Competição desigual.
  • Poluição.
  • Erosão.
  • Automação.
  • Destruição da flora e fauna de uma região, ou seja, a biodiversidade de ma região.
  • Assoreamento dos rios e suas áreas com o cultivo de um só produto, ou seja, a monocultura.
  • Enfraquecimento do solo.
  • Desmatamento: usa para plantio do eucalipto e com isso as áreas próximas às nascentes ficam cada vez mais desprotegidas.
  • Desmatamento.
  • Associações.
  • EMATER.
  • Prefeitura – início das atividades da Secretaria de Agricultura.
  • Jornal (TV).
  • Terra produtiva.
  • Indústria.
  • Progresso.


TEMA ESTRUTURANTE 5: TURMALINA
Educação ambiental e comunicação social
Problemas
Possibilidades
  • Falta de iniciativa de alguns órgãos ou entidades que tem poder de mobilização (escolas, rádios, órgãos governamentais).
  • Rivalidade política.
  • Falta de conhecimento da importância e necessidade de implantação de uma educação ambiental.
  • Percebe-se um interesse maior por parte de “forasteiros”. Nos municípios são poucas as pessoas que se interessam pelo assunto.
  • As pessoas que se interessam pela educação ambiental esbarram na falta de verba pra “partir para ação”, na falta de interesse do poder público.
  • Falta de incentivo para as pessoas que residem na zona rural.
  • Falta de mobilização da comunidade para trabalhar em prol do meio ambiente.
  • Falta de divulgação da educação ambiental nos veículos de comunicação.
  • Ações de entidades não governamentais como CAV, APLAMT e Sindicato.
  • Disponibilidade para formar parcerias
  • Existem ações de ONG que atuam na área de educação ambiental na região.
  • Atuação das secretarias de meio ambiente.
  • Trabalho realizado nas escolas.
  • Grupos de teatro e associações com habilidade de usar a “arte” para mobilizar.
  • Criação do Departamento de meio ambiente.
  • Visitas domiciliares.
  • Formação de hábitos que reeduquem ou redirecionem nossa forma de perceber a relação homem X ambiente.
  • A conscientização e interesses bons, formação de grupos, nos quais lutam por um só objetivo: preservar o ambiente.
  • Sensibilização de todos em prol do meio ambiente e cada um faz o seu papel de cidadão.
  • A base da educação ambiental é a escola, mas é importante que se faça esta idéia ser difundida através dos meios de comunicação de massa.
  • Não destruir o meio ambiente.


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